Oi família,
Hoje é comemorado o Dia do Índio no Brasil, para lembrar a data histórica de 1940, quando houve o Primeiro Congresso Indigenista Interamericano. O evento não teve sucesso nos primeiros dias de abertura, mas deu certo no dia 19, assim que as lideranças indígenas deixaram a desconfiança e o medo de lado, e apareceram para discutir seus direitos, um encontro que fez história!

Desde então, as comunidades indígenas resistem mais do que celebram. Em  relação à luta por demarcação de terras, à socialização no mercado de trabalho, no acesso à educação, e também à quebra de estereótipos, pouca coisa mudou.

Por conta desta data, normalmente vemos em escolas comemorações com fantasias, crianças pintadas, música e atividades ligadas ao dia do índio. Especialistas questionam a forma como algumas práticas são conduzidas e asseguram que, além de reafirmar antigos preconceitos e estereótipos, não fazem disso uma forma de aprendizagem. “É necessário mostrar que o índio é contemporâneo e tem os mesmos direitos que muitos de nós “brancos”, diz a coordenadora de Educação Indígena no Acre, Maria do Socorro de Oliveira.

Por isso, consideramos importante listar o que não fazer no dia do índio:

Não use o dia do índio para mistificar a figura do indígena, como vestir cocares ou pinturas.
O cocar é um símbolo de nobreza para os índios, ultrapassa limites do estético e imprime em suas penas e sementes a ordenação da aldeia, o significado da vida, a importância do ser. Sua forma em arco gira entre o presente e passado, e se projeta para o futuro.

Não reproduza preconceitos em sala de aula, ou em rodas de conversas.
Mostrando o indígena como um ser à parte da sociedade ocidental, que anda nu pela mata e vive da caça de animais selvagens.

Não tente reproduzir as casas e aldeias apenas com ocas.
“Oca” é uma palavra tupi, que não se aplica a outros povos. O formato de cada habitação varia de acordo com a etnia e diz respeito ao seu modo de organização social.

“A cultura indígena faz parte da essência da pessoa. Não se deixa de ser índio por viver na sociedade contemporânea”, explica a antropóloga Majoí Gongora, do Instituto Socioambiental. É fundamental entendermos que nossa liberdade termina, quando começa a do outro e que empatia é sempre bem vinda. Afinal, não custa nada se colocar no lugar do próximo.

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