Bem-estar

Pesquisadores da UEL se unem para ampliar estudos sobre o novo coronavírus

por Mariana Paschoal 07.04.20
Um grupo de pesquisadores ligados ao Departamento de Microbiologia, Departamento de Ciências Patológicas e Departamento de Química da Universidade Estadual de Londrina (UEL) está se mobilizando para ampliar as pesquisas em torno do novo coronavírus, já que a pandemia coloca em risco a vida de milhares de pessoas em todo o mundo. O desafio urgente é desenvolver uma vacina e medicamentos que possam combater a doença. 
 
O chefe do Departamento de Microbiologia, professor Galdino Andrade, do Centro de Ciências Biológicas (CCB), explica que a estratégia é fortalecer o laboratório integrado de estudos da relação parasito-hospedeiro que integra o departamento, e que reúne recursos humanos e equipamentos que podem ser usados neste momento de grave crise de saúde pública.
 
O pesquisador explica que uma das linhas de atuação prevê a realização de diagnóstico, ou seja, oferecer suporte para a realização de testes para detecção do coronavírus a partir de metodologias preconizadas pelo Ministério da Saúde, frente à necessidade da sociedade como, por exemplo, na ocorrência de um surto epidêmico por coronavírus. Dessa forma, o laboratório poderia servir de apoio às unidades que já realizam os exames de diagnóstico.
 
Paralelamente, o grupo estuda o desenvolvimento de técnicas rápidas e de baixo custo para diferenciação molecular dos principais agentes virais causadores de infecções respiratórias. Para isso a proposta é buscar investimentos para adequar a unidade em Laboratório de Contenção NB2, isto é, dotar o laboratório com toda a estrutura de biossegurança para que os testes possam ser realizados.
 
Professor e pesquisador da UEL, Galdino Andrade (FOTO: Arquivo/COM)
 
"Estamos partindo do fato que se trata de uma demanda urgente, um desafio comparável a um estado de guerra", define ele. Outra necessidade para o trabalho é o treinamento das equipes. Nesse caso, ele acredita que os técnicos da Secretaria de Saúde do Paraná poderiam colaborar. O investimento previsto para a compra de equipamentos e estruturação chega a R$ 300 mil, que deverão ser obtidos por meio de editais de agências de fomento.
 
Medicamentos
 
Outra atuação do laboratório será na pesquisa para identificação de compostos (naturais ou sintéticos) com potencial para o desenvolvimento de novos fármacos para o tratamento da infecção por coronavírus. Pesquisadores do mundo todo estão debruçados na busca por um medicamento que possa auxiliar no combate à doença.
 
As informações são de que pelo menos quatro remédios estão sendo testados: hidroxicloroquina (ou cloroquina), usada principalmente contra a malária; kevzara, contra artrite; favipiravir, um antiviral e remdesivir, criado para combater o vírus do ebola. Os testes mais adiantados estariam em laboratórios da China, Estados Unidos, Israel e França. "Os estudos são ainda pontuais, até porque é algo muito novo", orienta Galdino.
 
Professora e pesquisadora da UEL, Lígia Galhardi (FOTO: Arquivo/COM)
 
A coordenadora do Laboratório de Virologia Básica, professora Lígia Galhardi, detalha que os estudos desenvolvidos até agora se referem a populações destes países, em um número pequeno de pacientes e de forma experimental. Ela explica que a perspectiva de desenvolvimento de uma vacina ou medicamento efetivo para o tratamento demanda várias etapas desde a pesquisa in vitro até o ensaio clínico, o que pode demorar meses ou anos.
 
Com informações de Agência UEL

Publicidade

Publicidade

Como anunciar?

Mostre sua marca ou seu negócio para Londrina e região! Saiba mais