Bem-estar

Professora da UEL é única brasileira em comitê internacional sobre Covid-19

por Mariana Paschoal 29.04.20
A professora Nilza Maria Diniz, do Departamento de Biologia Geral da Universidade Estadual de Londrina (UEL), integra o World Emergency COVID19 Pandemic Ethics (WeCope) Committee, ou, em português, Comitê Mundial Emergencial de Ética para a Pandemia da Covid-19. O comitê reúne pesquisadores de países de todos os continentes e tem como objetivo realizar debates sobre a Covid-19, doença causada pelo coronavírus, e produzir estudos científicos.
 
O comitê reúne PHDs de todo o mundo e o grupo é considerado independente. "Não temos relação com grupos econômicos ou governos", afirma a professora. Entre os pesquisadores, a professora da UEL é a única brasileira em um grupo com nomes do Chile, Índia, Turquia, Canadá, Estados Unidos, Japão, Líbano, Tunísia, Tajiquistão, Tailândia, Taiwan, Bangladesh, África do Sul, Iraque, Paquistão, Coréia do Sul, Nova Zelândia, Filipinas, entre outros. A lista completa dos profissionais pode ser verificada aqui
 
A professora Nilza explica que o WeCope tem sua base em pesquisadores do Eubios Ethics Institute - vinculado à American University of Sovereign Nations (AUSN). A instituição é voltada para a oferta de mestrado e doutorado, na modalidade à distância, que aborda temas como bioética, saúde pública, paz, sustentabilidade, entre outros. "O comitê é um grupo multiprofissional, multidisciplinar e transcultural porque envolve pessoas de diferentes áreas e culturas", afirma a professora. "Discutimos tudo relacionado a questões morais, à ética e à bioética", continua Ela lembra que começou a se interessar pela temática da ética e bioética a partir do fim da década de 90. Os estudos do WeCope consistem em relatórios, artigos e outros trabalhos científicos.
 
Entre os tópicos em discussão, apontados por Nilza Maria, estão por exemplo o uso de máscaras como medida de prevenção. No Brasil, não é costume o uso do instrumento e isso levou a vários debates no início da pandemia no país, com sugestão para que a população não usasse a máscara, deixando-a para profissionais de saúde. Com o aumento acelerado do registro de infectados pelo coronavírus, muitos prefeitos e governadores passaram e editar decretos obrigando o uso da máscara em locais públicos. "Em outros países, esse é um recurso usado há muito tempo. Eu tenho máscaras que comprei em 2009 [países da Ásia]."
 
Mudança
 
Outro tema debatido pelo comitê é a mudança de protocolos para atendimento de pessoas com sintomas da Covid-19. Em muitos locais, os pacientes com sintomas leves são orientados a voltar para casa e fazer isolamento. "Se essa pessoa fosse atendida, logo no início, as chances de ela viver são maiores se comparadas quando chega ao hospital em estado grave". Conforme a professora, estatísticas mostram que boa parte dos pacientes admitidos no serviço de saúde - quando estão em estado grave -acaba morrendo. "São questões que passam pela abordagem ética", afirma a professora.
 
Com informações de Agência UEL

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