Bem-estar

UEL contra a desinformação: professor explica plataforma de inteligência artificial que detecta fake news sobre coronavírus

por Mariana Paschoal 13.05.20

A desinformação é a grande inimiga em tempos de crise e pandemia, principalmente na era da informação digital. Na internet, muita gente fala o que quer, sem considerar que outras pessoas podem acreditar no que é falado, aumentando ainda mais o medo da população em relação ao que está acontecendo. Isso tem sido muito presente na realidade do coronavírus e pensando no momento atual, o professor do departamento de computação da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Sylvio Barbon Junior, coordena o projeto CoronaAI, que tem como objetivo contribuir com a informação e lutar contra a desinformação.

Uma das áreas de atuação do laboratório de pesquisa do professor Barbon, no Departamento de Computação da UEL, é o reconhecimento de padrões em texto. Por isso, a plataforma foi pensada inicialmente para ser uma ferramenta de detecção de notícias falsas sobre a Covid-19 e o coronavírus. “No entanto, ao participar de uma reunião com a Reitoria da Universidade, foi comentada a necessidade do esclarecimento de dúvidas básicas dada a natureza recente sobre a doença e o vírus, isso por parte de outros projetos. Assim, resolvi com um grupo de professores, técnicos administrativos e alunos, aumentar o escopo do projeto, tratando notícias falsas, dúvidas gerais e informações estatísticas”, esclarece o professor.

Como a plataforma funciona?

A plataforma é um agente inteligente, isto é, um software criado com os conceitos de Inteligência Artificial capaz de lidar com um ambiente (no nosso caso notícias e estatísticas), tratando estímulos (perguntas ou mesmo informações para que ele aprenda) de forma automática. “Especificamente, nós temos uma base de perguntas e respostas, bases de trabalhos científicos, acessos a bases de notícias falsas e agências de verificação, além de bases de dados oficiais que disponibilizam números relacionados ao assunto”, explica. Assim, o agente inteligente é capaz de interpretar a pergunta do usuário, buscando na sua base de respostas algo que satisfaça o questionamento. “Nós dizemos que ela é uma plataforma, pois pode ser acessada de diferentes maneiras, desde um site até pelo WhatsApp”, continua.

É muito simples utilizar a plataforma. Basta acessar https://coronaai.uel.br, digitar sua dúvida no chat disponível na página inicial - desde que seja relacionada à Covid-19 e ao coronavírus - e assim você terá respostas condizentes, com informações seguras, inclusive dados sobre cidades do Paraná e, principalmente, Londrina. “Além disso, notícias que pareçam estranhas podem ser verificadas. O Agente Inteligente é capaz de reconhecer uma fake news e apresentar uma discussão ou link de uma agência de verificação sobre aquela notícia”, afirma Barbon.

 A importância da ferramenta

Para o coordenador do projeto, a plataforma contribui para a informação e contra a desinformação, com um atendimento escalável e com uma base de informação confiável e validada por profissionais da saúde. “Temos ‘picos de respostas’ a 17 pessoas simultaneamente, o que nos leva a pensar que precisaríamos de 17 atendentes para ser possível dar suporte ao número comentado. Desde o início do projeto já respondemos a mais de 2 mil usuários distintos, com uma média de duas perguntas cada”, finaliza. Ou seja, mais de 2 mil pessoas se informaram corretamente por causa da plataforma CoronaAI.

Foto de capa: professor Sylvio Barbon

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