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Setembro Amarelo: CAPS promove a saúde mental da população a partir do contato com a comunidade

por Mariana Paschoal 17.09.20

A saúde mental de cada um é também uma preocupação do município e da comunidade, e existe um serviço público cujo objetivo é promover a saúde mental de cada habitante a partir do contato com a comunidade. Esse serviço é o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS).

Em atuação há mais de 20 anos em Londrina, o CAPS busca atender aquelas pessoas que vivem em sofrimento intenso, prejudicando os laços sociais e tarefas cotidianas, como trabalhar a estudar, por exemplo, como explica Renata Maciel, psicóloga no CAPS Infantil de Cambé, que atua como os CAPS adultos, mas voltado ao atendimento psicossocial de crianças.

“O CAPS funciona com portas abertas, ou seja, qualquer pessoa que se sentir em sofrimento psicológico pode buscar atendimento nos Centros de suas cidades”, explica Renata. Os pacientes podem ir de maneira voluntária, ou encaminhados de outros serviços da saúde. Vale lembrar que pacientes atendidos pelos CAPS são aqueles que estão em sofrimento intenso, que vivem com algum transtorno psiquiátrico, aqueles que efetuaram uma tentativa de suicídio, e crianças com autismo, por exemplo. Para identificar se o paciente pode ou não ser atendido, é feita uma avaliação no primeiro atendimento.

Uma vez admitido no CAPS, o paciente recebe um projeto terapêutico, feito pelo Centro de acordo com suas necessidades. Renata explica que esse projeto terapêutico pode envolver oficinas de arte, de esporte, atividades culturais, grupos de conversa… “O CAPS oferece aos pacientes um meio de socializar, pois ele entende que o contato com a comunidade promove a saúde mental”, conta a psicóloga. 

Apesar de existir situações em que os pacientes recebem atendimentos individuais, a proposta do CAPS é justamente o atendimento em grupo. “Porque é no grupo que a gente se identifica, percebe que o sofrimento não está apenas na gente. E pela identificação, é possível trabalhar os sintomas das questões psicológicas que a gente sofre”, continua Renata.

Unidades do CAPS em Londrina

Londrina conta com três unidades do CAPS: o CAPS AD, o CAPS III e o CAPS Infantil. Eles são pontos de atendimento de pacientes com transtornos mentais e/ou necessidades decorrentes do abuso de álcool e drogas.

Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas - CAPS AD

Foi implantado em 2005 com o objetivo de tratar em regime de não-internação pacientes com dependência química. O serviço conta com equipe multiprofissional composta por: médico psiquiatra, clínico geral, enfermeiro, psicólogo, assistente social, terapeuta ocupacional, educador físico, técnicos de enfermagem, técnicos administrativos, instrutores de oficina e serviço gerais.

Endereço: R. Alberto Preto, 75

Centro de Atenção Psicossocial - CAPS III

Implantado em 1996, é referência para usuários em sofrimento psíquico com oferta de seis leitos para acolhimento noturno e de curta permanência. Suas atividades buscam a reabilitação psicossocial, visando promover o exercício da cidadania, maior grau de autonomia possível e interação social. Funciona 24 horas.

Endereço: R. Alba Bertolete Clivati, 233-43

Centro de Atenção Psicossocial Infantil - CAPS I

O CAPS infantil representa uma inovadora e criativa forma de cuidar da saúde mental de crianças e adolescentes com foco na compreensão da subjetividade. É referência para tratamento de crianças e adolescentes com sofrimento psíquico ou em uso de substâncias psicoativas, atende em regime de acolhimento diurno possibilitando a permanência da criança ou adolescente durante o dia, presta atendimento em grupo ou individual, realiza atividades lúdicas e terapêuticas e faz atendimentos e visitas domiciliares.

É constituído por equipe multiprofissional: psiquiatra, pediatra, enfermeiro, psicólogo, assistente social, terapeuta ocupacional, educador físico, psicopedagogo, fonoaudiólogo, educador artístico, técnicos administrativos e serviço gerais.

Endereço: R. Joá, 46 

Em um mês de conscientização sobre o prevenção ao suicídio, é importante divulgar meios e lugares especializados. “Falar de suicídio é acima de tudo falar de sofrimento. O suicídio surge como uma solução ao sofrimento, mas os profissionais da saúde mental pregam que há outra saída: buscar ajuda em um serviço ou profissional especializado”, conclui a psicóloga Renata.

Foto de capa: Glauciane Berteloni

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