O Brasil é um país miscigenado e, de acordo com Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), tem a maioria da população negra: 53,6%. Mesmo sendo a maioria, os negros brasileiros são vítimas de racismo todos os dias, não só de maneira individual, como também sistêmica.
 
As contínuas situações de desigualdade na educação, moradia, emprego, distribuição de rendas e representação na política são o que chamamos de racismo estrutural: um racismo que está enraizado na história do nosso próprio país, que cresceu e se desenvolveu através da exploração da população negra.
 
Justamente por ser uma constante na história do Brasil, o racismo estrutural pode passar despercebido, ou não ter a atenção e o combate que merece. Para isso, existem alguns livros que nos mostram, didaticamente ou mais profundamente, sobre essa realidade desigual do racismo estrutural e aqui estão alguns deles:
 

Pequeno manual antirrascista, de Djamila Ribeiro

Neste pequeno manual, a filósofa e ativista Djamila Ribeiro trata de temas como atualidade do racismo, negritude, branquitude, violência racial, cultura, desejos e afetos. Em onze capítulos curtos e contundentes, a autora apresenta caminhos de reflexão para aqueles que queiram entender sobe  racismo estrutural e assumir a responsabilidade pela transformação do estado das coisas. 
 
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O Genocídio do negro brasileiro: Processo de um racismo mascarado, de Abdias Nascimento

Ao longo do século passado, prevaleceu a visão de que os descendentes dos africanos se encontravam, no Brasil, em uma condição muito mais favorável do que a vivida pelos negros no sul dos Estados Unidos ou na África do Sul do apartheid. Mais do que estabelecida, essa era uma visão oficial: o Brasil seria uma democracia racial, um lugar em que o grande problema do negro era a pobreza e não o preconceito de cor. Foi contra essa ideia que Abdias Nascimento apresentou a obra O Genocídio do Negro Brasileiro, um texto combativo, demonstrando que a condição dos negros no Brasil era pior, com vítimas de um racismo estrutural e insidioso, sob uma política que conduz ao genocídio do povo.
 
O livro está disponível para compra em versão física e digital no site da Amazon.

Mulheres, raça e classe, de Angela Davis

Mulheres, raça e classe, de Angela Davis, é uma obra fundamental para se entender as nuances da opressão. O livro trata da  escravidão e de seus efeitos, da forma pela qual a mulher negra foi desumanizada, e nos dá a dimensão da impossibilidade de se pensar um projeto de nação que desconsidere a centralidade da questão racial, já que as sociedades escravocratas foram fundadas no racismo. Além disso, a autora mostra a necessidade da não-hierarquização das opressões, ou seja, o quanto é preciso considerar a intersecção de raça, classe e gênero para possibilitar um novo modelo de sociedade.
 
Angela Davis é uma autora importante para entender o racismo estrutural, e essa obra também é vendida pela Amazon, em versão digital ou física. Clique aqui.
 

Quem tem medo do feminismo negro?, de Djamila Ribeiro

Quem tem medo do feminismo negro? reúne um longo ensaio autobiográfico inédito e uma seleção de artigos publicados por Djamila Ribeiro no blog da revista Carta Capital , entre 2014 e 2017. No texto de abertura, a filósofa e militante recupera memórias de seus anos de infância e adolescência para discutir o que chama de “silenciamento”, processo de apagamento da personalidade por que passou e que é um dos muitos resultados perniciosos da discriminação e do racismo estrutural.
 
Acesse este link e compre o seu exemplar para conhecer o trabalho da autora brasileira.

O perigo de uma história única, de Chimamanda Ngozi Adichie

O que sabemos sobre outras pessoas? Como criamos a imagem que temos de cada povo? Nosso conhecimento é construído pelas histórias que escutamos, e quanto maior for o número de narrativas diversas, mais completa será nossa compreensão sobre determinado assunto.
É propondo essa ideia, de diversificação das fontes do conhecimento e de sermos cautelosos ao ouvir somente uma versão da história, que Chimamanda Ngozi Adichie constrói a palestra que foi adaptada para livro. O perigo de uma história única é uma versão da primeira fala feita por Chimamanda no programa TED Talk, em 2009. Mais de dez anos depois, o vídeo é um dos mais acessados da plataforma, com cerca de 18 milhões de visualizações e nos ensina muito, assim como o livro, sobre o racismo estrutural.
 
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Racismo Linguístico - Os Subterrâneos Da Linguagem E Do Racismo, de Gabriel Nascimento

Escrito de forma acessível e didática, este livro interessa não apenas estudiosos da linguagem, mas todos os que querem entender melhor a complexidade da desigualdade racial no Brasil e o racismo estrutural. Com sua análise original da relação entre língua e racismo, Gabriel Nascimento aborda um tema quase totalmente ausente da linguística brasileira, se posicionando de forma lúcida e engajada nos debates de intelectuais negros, muitas vezes esquecidos, e mostrando suas contribuições para uma visão mais inclusiva da linguagem dentro da sociedade brasileira.
 
O trabalho está disponível no site da Amazon. Vale a pena conferir. É só clicar aqui
 
Saber o que é o racismo estrutural é uma das maneiras de combatê-lo e também de entender melhor sobre a nossa própria história. Qual desses livros te chamou mais a atenção?

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