Apesar de o Halloween não ser comemorado aqui no Brasil como nos Estados Unidos, a gente tem muita história digna de um Dia das Bruxas, no mínimo, estranho. 

Celebrado no dia 31 de outubro, acredita-se que o Halloween surgiu de comemorações nórdicas realizadas em homenagens aos mortos. Atualmente, a festa se popularizou, principalmente, pela cultura pop, como um dia em que as crianças se fantasiam de monstros para irem atrás de doces (ou travessuras).

Aqui no Londrinando vamos comemorar de uma maneira um pouco diferente: apresentando a vocês uma lista com cinco lendas urbanas da região de assustar. Confira:

Bela Adormecida do Paraná

Foto: O Cruzeiro (1960)
Foto: O Cruzeiro (1960)

Uma londrinense foi destaque na famosa revista O Cruzeiro em 1960 com uma história muito estranha: a professora Lecy Suzana Garcia, que tinha 17 anos quando o fato aconteceu, em 1957, morava em Londrina quando, um dia, reclamou de cansaço e dormiu... o que acreditaram que ela fez por três anos seguidos! Quando a matéria saiu n'O Cruzeiro, ela já "dormia" há mais de dois anos. À época, Lecy foi notícia não só na região de Londrina, como em todo o mundo, e vários profissionais vieram à cidade tentar acordá-la, desde médicos a religiosos.

Em entrevista ao portal Memória Viva em 2004, o irmão mais novo de Lecy, Mauro Antônio Garcia, contou que ela não estava exatamente dormindo: “para nós, ela estava consciente. A gente conversava e ela respondia (com pequenos sinais)”. Ele continuou dizendo que esses sinais regrediam a cada dia até "entortar a face, ficar com a boca torta, dificuldade de falar, Isso foi gradativo. Cada dia era um sintoma negativo, até entrar em coma”.

Mais tarde veio o diagnóstico. Lecy sofreu, na verdade, de encefalite. O coma durou cinco anos, até que ela morreu em 1962. A história fez com que ela fosse retratada por todo o Brasil como a "Bela Adormecida do Paraná".

O túmulo da Bela Adormecida do Paraná

As lendas em torno de Lecy não acabaram quando ela morreu. O túmulo da professora, localizado no Cemitério São Pedro (Centro de Londrina), é um dos mais visitados por curiosos desde então. Durante os anos, foi possível perceber velas, placas e flores constantemente no local. Diz a lenda de que a Bela Adormecida londrinense tem o poder de realizar os pedidos feitos a ela por lá. Também dizem que do túmulo de Leci saía uma água milagrosa, algo que não foi estudado, pois o pai de Leci nunca permitiu qualquer tipo de pesquisa.

Alemães constroem castelo para esconder nazistas perto de Londrina

 
 
 
 
 
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Localizado há 77 km de Londrina, em Marilândia do Sul, o Castelo Eldorado, construído na década de 40, chama a atenção dos moradores da região até hoje. O casarão é uma construção luxuosa de mais de 2.000 m², com quatro andares, torres, sacadas, jardins exuberantes e tudo de mais luxuoso que existia na época, como vidros franceses, mármore italiano, lustres da Tchecoslováquia, cortinas da Síria, banheiras e pias de ferro fundido de Portugal e decoração feita por um artista espanhol. 

Fica até difícil acreditar que exista algo parecido por aqui, né?

A construção foi inspirada em um castelo medieval da Alemanha, o Castelo de Wartburg, e já funcionou como sede de um povoado, a República Eldorado. O povoado contava com mais de mil casas, cinco mil pessoas e tinha até moeda própria.

Atualmente, o casarão está abandonado e serve de ponto turístico para curiosos e para quem quer aproveitar toda essa riqueza como plano de fundo de ensaios fotográficos. Mas nem só de luxo vive o Castelo Eldorado: ele está cercado de mistérios e lendas desde que foi finalizado, em 1947.

Uma das principais lendas que envolvem o castelo é a de que ele foi construído por alemães durante a Segunda Guerra Mundial justamente para funcionar como um esconderijo de nazistas. Dizem até que o local abrigou Joseph Menguelle, médico nazista que ficou conhecido por selecionar vítimas para as câmaras de gás e por fazer experimentos humanos em prisioneiros da guerra.

Castelo Eldorado também é assombrado

 
 
 
 
 
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Assombrações também marcam a história do Castelo Eldorado. Desde que ficou desocupado, na década de 90, boatos surgiram dizendo que a construção possui seres sobrenaturais. Há quem diga que já viu fantasmas e assombrações por lá e que é até possível ouvir passos, vozes e portas e janelas que abrem e fecham involuntariamente durante visitas.

O lobisomem do Jardim Tókio

A lenda do lobisomem do Jardim Tókio começou a ser espalhada pela cidade na década de 80, quando ficou bastante conhecida, principalmente pelos moradores do bairro, que fica na zona oeste de Londrina. À época, mais especificamente em 1987, moradores registraram alguns acontecimentos estranhos, que só começavam depois de o sol se por. Alguns exemplos eram o aparecimento de animais mortos em um córrego que passa pelo bairro e a presença de um filhote de lobo na casa de um dos vizinhos.

Você conhecia essas histórias? Qual é a mais estranha para você? E se conhecer outras lendas urbanas londrinenses, já sabe: conta pra gente!

Fontes: 
Memória Viva
Doc.Londrina
O Cruzeiro
ALEGRO, Regina Célia; PAULI, Alice Atsuko; FERREIRA, Leni Dalan (Org.).Causos do Norte do Paraná. Londrina: UEL, 2009
ARAÚJO, et.al. Lendas Urbanas de Londrina: histórias para ouvir e contar. Londrina: 2012

Foto de capa: @vitoria.santosrose

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