Uma equipe formada por professores e estudantes do Departamento de Fisioterapia do Centro de Ciências da Saúde (CCS), da Universidade Estadual de Londrina (UEL), está desenvolvendo uma pesquisa inédita sobre sequelas de pacientes acometidos com Covid-19 e que impactam diretamente na recuperação.

O trabalho teve início no mês de outubro e consiste na avaliação da funcionalidade e da qualidade de vida de 175 pacientes com diagnóstico positivo no município de Londrina. O contato é feito por meio do WhatsApp com envio do questionário na plataforma Google Forms.

O projeto “Avaliação clínica funcional e qualidade de vida de pacientes após 1, 2, 6 e 12 meses do diagnóstico de infecção por Sars-CoV-2 no município de Londrina-PR” é uma iniciativa de três professoras e de 11 estudantes do curso de Fisioterapia da UEL, em parceria com um fisioterapeuta e uma enfermeira da Secretaria Municipal de Saúde de Londrina.

Segundo a professora Celita Salmaso Trelha, o questionário busca levantar o estado funcional pós-Covid-19 e as dificuldades dos pacientes em desempenhar atividades do dia a dia, como o cuidado pessoal, condições de mobilidade e de locomoção. De acordo com ela, a literatura e a experiência clínica profissional apontam que entre os sintomas comuns pós-Covid estão fadiga, dispneia, dores musculares e nas articulações, redução do paladar e do olfato, assim como ansiedade.

Cartilha

Além de ter acesso a um diagnóstico completo, o paciente recebe uma cartilha com orientações e exercícios, elaborada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e traduzida pelas professoras que integram o projeto.

A cartilha contém informações sobre o controle de falta de ar, problemas de voz e como lidar com as consequentes mudanças de humor, ansiedade e estresse. “Conhecendo os sintomas e as funcionalidades é possível apontar as melhores estratégias para o enfrentamento e a recuperação”, diz a professora.

Segundo ela, a proposta é avaliar os pacientes até o próximo ano, uma vez que a Covid-19 representa uma doença muito nova, que acomete pessoas de formas distintas e com alto grau de transmissão. “Por isso entendemos que a pesquisa é fundamental”, afirma.

A professora orienta os pacientes que receberem o questionário no WhatsApp a colaborarem com o retorno, até para terem acesso às informações sobre o tratamento e acompanhamento adequado.

Ainda de acordo com Celita, além da gravidade respiratória provocada pela doença, pacientes podem ter disfunções em diferentes sistemas orgânicos que irão impactar diretamente na recuperação. Ela diz que a literatura e a experiência clínica demonstram que esses sintomas podem persistir por meses após a alta médica, mas são possíveis de serem superados com fisioterapia e tratamento adequados.

Com foto e informações de Agência Estadual de Notícias

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