Na manhã desta sexta-feira (26), o governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior, realizou uma coletiva de imprensa para anunciar as novas medidas de restrição, que visam o enfrentamento à pandemia do novo Coronavírus no Estado. Sobre o assunto, o prefeito de Londrina, Marcelo Belinati, disse que o Município seguirá o decreto estadual e todas as medidas apresentadas por Ratinho Junior.

Entre as medidas anunciadas e que serão seguidas por Londrina estão: o toque de recolher das 20 horas até às 5 horas; suspensão do funcionamento dos serviços e atividades não essenciais; proibição do comércio e consumo de bebida alcoólica em espaços públicos e coletivos das 20h às 5h; e a suspensão das aulas presenciais em escolas públicas e privadas, assim como em curso técnico e de graduação superior. Delivery, Drive-thru e Take away estão permitidos.

Além delas, começam a valer da zero hora de sábado (27) até às 5 horas do dia 8 de março, a adequação dos expedientes de trabalhadores aos horários de proibição provisória de circulação; as atividades religiosas somente no modo on-line ou individualizadas; os órgãos públicos estaduais passam ao regime de Teletrabalho e os demais locais de trabalho devem priorizar o trabalho à distância; e as cirurgias eletivas estão suspensas pelos próximos 30 dias, tanto nas unidades de saúde públicas quanto nas privadas.

O governador estadual explicou que a situação da COVID-19 está crítica em todo o Paraná, visto que o aumento de casos positivos e a necessidade de internação em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e enfermaria deixaram de ser pontuais. Segundo ele, agora, é preciso contar com a participação efetiva de todos os prefeitos e moradores dos municípios paranaenses e, inclusive, com o apoio orquestrado com os governadores de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul.

“Hoje, o problema está no Estado inteiro. O que eu tenho tentado construir com os prefeitos e representantes dos municípios paranaenses é uma unidade, para que tenhamos união das ações. Não adianta termos medidas mais restritivas em algumas cidades, se os municípios vizinhos não fizerem o mesmo. Essa é uma decisão muito dura, que eu obviamente não gostaria de tomar. Mas, é uma decisão importante, que estamos tomando para salvaguardar vidas. Temos a convicção que esse pequeno período de restrição vai nos ajudar”, ressaltou o governador paranaense.

Com 399 municípios, o Paraná é o sexto estado mais populoso do Brasil e tem hoje 3.376 pacientes internados por causa da COVID-19. Destes, 578 foram confirmados de ontem para hoje e 164 aguardam a liberação de vagas nos leitos de UTIs para serem transferidos.

De acordo com o prefeito de Londrina, Marcelo Belinati, a região norte paranaense apresenta o menor índice de ocupação de leitos de todas as regiões do Estado do Paraná, porém está hoje com 92% de sua capacidade ocupada. “Londrina, hoje, por incrível que pareça, está com o menor R0, que é o índice de transmissão da doença entre a população. Apesar de a pandemia, em Londrina, estar desacelerada, nós observamos que o número de internações aumentou e mais da metade da ocupação dos leitos acabam sendo para pacientes da região. Isso, muito provavelmente, aconteceu em razão da nova cepa do vírus que surgiu em Manaus, Então, tomar uma medida isolada não resolve. As medidas tem que vir de maneira estadual”, acredita Marcelo Belinati.

Durante a entrevista concedida à imprensa, o prefeito londrinense também alertou para o risco de uma falta maior de leitos nos municípios paranaenses. Na reunião, que participou em conjunto ao governador e outros prefeitos, os técnicos estaduais relataram que há aproximadamente 400 pacientes, no Estado inteiro, aguardando vagas em internação hospitalar, sejam elas em UTI ou nas enfermarias.

“É um momento muito preocupante e delicado, que sugere que temos que tomar medidas mais efetivas para conter o avanço da doença. Fazemos um apelo para a população: se cuidem e se cuidem! Usem máscara, mantenham o distanciamento social e saiam o mínimo possível, porque o melhor caminho para se proteger dessa doença é não pegando”, pediu Marcelo.

O diretor de Gestão em Saúde da Secretaria de Estado de Saúde (SESA), Vinícius Filipak, apresentou os números de casos no estado e lembrou que “é necessário conter o avanço desta doença, que não há tratamento curativa. A nossa obrigação é adotar medidas que protejam o conjunto da população”. Ratinho Junior finalizou o anúncio das medidas restritivas agradecendo aos prefeitos que têm percebido a necessidade da tomada dessas decisões.

Serviços que continuam – A publicação do Decreto 6.983 do governo estadual do Paraná garante a continuidade dos serviços essenciais. Nestes, se enquadram os profissionais de captação, tratamento e distribuição de água, esgoto e lixo; de assistência médica, hospitalar e veterinária; produção, distribuição e comercialização de medicamentos para uso humano e veterinário; assim como de alimentos, de uso agropecuário; funerários; transporte coletivo;  telecomunicações; segurança, e outras.

Outras atividades que estavam sendo consideradas essenciais, em alguns municípios, como as academias de musculação, ficam suspensas de realizarem suas atividades presencialmente enquanto durar o decreto estadual.

Marcelo Belinati lembrou que já é pacificado no Poder Judiciário o entendimento que as medidas restritivas decretadas pelo governo estadual prevalecem sobre as demais outras publicados pelos municípios. “Então, o Decreto Estadual, por conta de decisões judiciais dos Tribunais e por força de lei, que estão sendo adotadas deverão ser seguidas em Londrina”, finalizou o prefeito.

 

Com informações da Assessoria de Imprensa.

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