Duas grandes premiações literárias do Brasil revelaram seus primeiros lugares recentemente. Conheça quem venceu na categoria romance e atualize sua listinha de leitura.

A escritora Ana Paula Maia ganhou o prêmio São Paulo de Literatura com o seu romance Assim na terra como embaixo da terra.

O júri do concurso expôs que o livro “propõe uma poderosa metáfora para muitas situações vividas no momento atual e, ao mesmo tempo, faz uma provocação para que se olhe de forma questionadora para o nosso passado enterrado em tantas 'Colônias' esquecidas e invisíveis aos olhos da maioria de nós”.

Sobre o livro: Uma colônia penal isolada – um terreno com um histórico tenebroso de assassinato e tortura de escravos –, construída para ser um modelo de detenção do qual preso nenhum fugiria, torna-se campo de extermínio. Espécie de capitão do mato/carcereiro, Melquíades é o algoz dos presos, caçando e matando-os como animais, apenas por satisfação pessoal. Os presos, cada qual com sua história, estão sempre planejando a própria fuga, sem saber se vão acabar mortos pelos guardas ou pelo que os espera do lado de fora da Colônia.

Já o prêmio Jabuti, o mais importante prêmio literário do Brasil, deu à Gaúcha Carol Bensimon o primeiro lugar na categoria romance pelo livro O clube dos jardineiros da fumaça. Na sua página do Facebook, ela agradeceu e falou um pouco sobre seu processo criativo: “Muito feliz com o Jabuti de Melhor Romance. Foi o livro mais difícil que escrevi. Houve percalços no caminho – como sempre há, não sou diferente de ninguém –, mas podem ter certeza que escrevi cada linha desse romance com muita paixão. Nesse momento difícil, em que a gente é tachado ou de inimigo da nação ou então se sente preso a um auto-questionamento sem fim (por que estou escrevendo ficção enquanto o mundo real está ruindo?), foi certamente um grande estímulo receber esse prêmio. Na verdade, é exatamente por isso que a gente deve continuar escrevendo: para combater a falta de nuance e a falta de empatia, a raiva, o fanatismo, as soluções simples. Para mostrar que o mundo é complexo, a verdade tem muitos lados e as pessoas não são nem boas nem más”.

Sobre o livro: Em um cenário formado por coníferas milenares, estradas sinuosas e falésias, a região californiana do Triângulo da Esmeralda concentra a maior produção de maconha dos Estados Unidos. É lá que o jovem professor brasileiro Arthur busca recomeçar a vida, depois dos acontecimentos que o levaram a deixar Porto Alegre. Aos poucos, ele se insere na dinâmica local e passa a fazer parte de uma história que começa com a contracultura dos anos 1960 e se estende até o presente. À vida de Arthur e daqueles com quem estabelece vínculos ― o atormentado Dusk, a solitária Sylvia, a indecisa Tamara ― mistura-se a de personagens reais que participaram do embate que levou à descriminalização do uso da maconha, fazendo deste um poderoso romance panorâmico. Cruzando história e ficção, com uma linguagem original e ousada, a meio caminho entre Brasil e Estados Unidos, Carol Bensimon compõe em O clube dos jardineiros de fumaça um brilhante retrato da geração hippie e de seu legado.

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