Como os meninos do Londrinando bem contaram no vídeo do Youtube esses dias atrás, parece que os londrinenses (e os paranaenses de modo geral) descem todos para o litoral do Paraná e para Santa Catarina e praias e estradas ficam entupidas de gente no final do ano e feriados.
Pensando nisso, muita gente tem optado por destinos alternativos, ainda não tão bombados. O Brasil é gigante e opções incríveis para todos os gostos não faltam. Um dos destinos que mais tem se destacado ultimamente é a Serra da Canastra, que fica no sudoeste de Minas Gerais, a pouco mais de 700 km de Londrina. Para chegar até lá, a melhor opção é ir de carro (a estrada é boa e pedagiada) ou de ônibus até Ribeirão Preto, depois pegando outro ônibus para Capitólio, Passos, Alpinópolis ou qualquer cidadezinha por perto – a dica é procurar no Airbnb para garantir preços bons e experiência mais genuína, principalmente nos sítios da região.
Segundo informações do site Serra da Canastra, a região possui alguma das mais deslumbrantes e desconhecidas paisagens brasileiras, que foram descobertas pelo turismo depois de muito tempo isoladas, há poucos anos, entrando para os roteiros de viagem daqueles que gostam de turismo ecológico, com direito a natureza, cachoeiras, lagoas, canyons e pedreiras: “A região ecoturística da Serra da Canastra tem mais de 200 mil hectares e abrange 6 municípios: São Roque de Minas, Vargem Bonita, Sacramento, Delfinópolis, São João Batista do Glória e Capitólio. A maior atração é o Parque Nacional da Serra da Canastra, criado em 1972 para proteger as nascentes do rio São Francisco e tem a portaria principal a 8 km de São roque de Minas. Dentro do Parque Nacional estão alguns dos mais belos cartões postais do Brasil, como a cachoeira Casca D’Anta, de quase 200 metros, a primeira grande queda do ‘velho Chico’”.
Então anota aí as dicas do que você não pode perder por lá:
Faça um passeio de lancha no Lago de Furnas
Foto: João Ricardo Almada
Não é por acaso que o Lago de Furnas é chamado de “mar de minas”: ele é um dos maiores lagos artificiais do mundo, englobando 34 cidades! A construção da hidrelétrica de Furnas, entre a década de 1950 e 1960, formou uma nova paisagem encantadora, com matas, canyons, cachoeiras e água cor de esmeralda e cristalina - tá vendo a água aí da foto? Não faz jus à realidade, e é muito mais bonita pessoalmente. O passeio de lancha pelo Lago de Furnas é o top 1 do lugar: não dá pra perder. Com duração aproximada de 4 horas e preço médio de R$ 150 por pessoa, a lancha costuma fazer paradas estratégicas nos pontos mais bonitos, como a cachoeira Lagoa Azul, onde é permitido nadar – por ser represa, a profundidade é grande, então coletes salva-vidas estão á disposição sempre.
Conheça a Pedreira
Foto: João Ricardo Almada
A Pedreira parece que tem photoshop na vida real, de tão linda. O local antes era uma pedreira de onde era extraído quartzito. Por conta das implosões, um lençol freático foi atingido e a pedreira foi fechada. O resultado, depois de anos, é um cenário único, com uma lagoa de água MUITO transparente, entre o azul e o verde – ótima para nadar, boiar e tirar fotos incríveis, já que não tem correnteza. Como o local não tem estrutura e nem árvores (pedreira, lembra?), prepare o protetor solar! Apesar de ser gratuita, é de difícil acesso para quem não tem um 4x4 e não conhece o caminho, então o melhor a fazer é contratar um dos guias da região, como o Vinicius, da MRVPasseios.
Experimente o famoso Queijo da Canastra
Típico da região, não dá pra ir para a Serra da Canastra e não experimentar (ou trazer para casa) o Queijo da Canastra, produzido há mais de duzentos anos de forma artesanal e feito de leite cru. “O clima, a altitude, os pastos nativos e as águas da Canastra dão a esse queijo um sabor único: forte, meio picante, denso e encorpado. Desde maio de 2008 o queijo canastra é patrimônio cultural imaterial brasileiro, título concedido pelo IPHAN, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional”, explicam no site da Serra da Canastra.
Coma no Restaurante Turvo
Pertinho do Mirante dos Canyons, o Turvo é o point gastronômico da região. O público aprova e a lista de espera na temporada é grande! Mas o aguardo vale a pena para comer o melhor peixe da região, com destaque para a traíra e para a tilápia em múltiplas versões. O preço não é dos mais baratos, mas os pratos são grandes e servem várias pessoas.
Desbrave as cachoeiras da região e termine o dia observando o Mirante dos Canyons
Foto: João Ricardo Almada
É pra desbravar, mas com cuidado, ok? Há muitas opções de cachoeiras e é indicado optar pelas pagas, para garantir a presença de guias e uma mínima estrutura – a região já sofreu com trombas d’água, um fenômeno natural que é uma espécie de tsunami de água doce, então é preciso estar atento e seguir as indicações dos guias. Entre as cachoeiras mais legais, estão na lista: Paraíso Perdido, Pé da Serra, Vikings e Dicadinha. Entre uma e outra, ou no final do dia, não esqueça de passar no Mirante dos Canyons, onde dá para ver o Lago de Furnas lá do alto. A vista é absurdamente bonita e não dá para ir embora sem ver!