O Festival Internacional de Londrina começa nesta quinta-feira (15) com a peça "A cabeça gosta de pensar, mas os passos tecem a existência". Um show de texto e poesia em que atores e músicos da Cia. do Tijolo invocam personalidades marcantes do mundo das artes e das ideias para celebrar a amizade e o encontro, um pé na terra outro pé nas nuvens, um olho na realidade e outro na utopia: a construção coletiva de um ambiente em que seja possível conjugar liberdade e amor com inquietação e inconformismo.

Esse é o cimento que assenta “A Cabeça Gosta de Pensar, mas os Passos Tecem a Existência”, espetáculo que o grupo paulistano preparou para a abertura do Festival Internacional de Londrina 2019. Em seus 11 anos de fazer teatral, a companhia vem construindo uma linguagem bastante singular no teatro musical brasileiro, trabalhando a proximidade da poesia como forma de discurso, um discurso poético em que vivencias cotidianas se transformam em experiências humanas universais.

“A Cabeça Gosta de Pensar…” surge como um panorama cênico-musical em que o público é convidado a revisitar o repertorio de espetáculos da companhia, como “Concerto de Ispinho e Fulô”, inspirada na obra do poeta Patativa do Assaré, e também “Cantata para um Bastidor de Utopias”, que tem como fonte a vida de outro poeta: Federico Garcia Lorca. Ambos poetas arraigados em suas terra e cronistas de seu tempo.

Os pensamentos e práticas do educador Paulo Freire, que foi homenageado pela companhia na montagem “Ledores do Breu”, também iluminam o caminho proposto pelo espetáculo. Nessa espécie de ágora pública, a companhia ainda reverencia a escritora e teóloga feminista Ivone Gebara e o arcebispo Dom Helder Câmara, defensor de causas sociais e ferrenho opositor da ditadura militar brasileira, que foi retratado em “O Avesso do Claustro”, última e celebrada montagem do Tijolo.

Com esse trabalho que a companhia traz para o FILO, seus integrantes evocam personagens reais, que com seus versos foram e ainda são capazes de fazer soprar ventos que animam a nossa capacidade de existir em liberdade e inventar novos mundos possíveis. 

Ficha técnica

Músicos: Lincoln Antônio (acordeon, sopros), Clara Kok Martins (sopros), Marcos Coin de Carvalho (violão), Alexandre Maldonado (percussão), Anderson dos Santos Areias (acordeon)
Atores: Rebeka Teixeira, Ana Maria Pires de Carvalho, Rodrigo Mercadante, Lucas da Silva Vedovoto, Fabiana Vasconcelos Barbosa, Iraci Tomiatto, José Maria Silva Lima, Rogério Tarifa, Thais Pimpão Ferreira
Diretor: José Maria Silva Lima
Iluminadora: Giovanna Kelly Matias Gonçalves
Assistente de produção: Lucas da Silva Vedovoto
Produtora: Suelen Garcez Maciel
Técnico de Som: Eduardo Gomes Rodrigues da Silva

Classificação indicativa: Livre
Duração: 120 min.

Com informações de FILO

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