Gastronomia

Saiba como é feita uma das principais cervejas londrinenses: a cerveja da Fábrica 1

por Mariana Paschoal 06.11.19
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Desde que foi inaugurada, em  2004, a Fábrica 1 passou por altos e baixos e por vários processos de amadurecimento - assim como a própria bebida que vende. E esse amadurecimento fica claro quando saboreamos o produto final e, no nosso caso, quando visitamos a fábrica e conhecemos de dentro como é feita essa bebida que o brasileiro tanto aprecia. É claro que não íamos deixar essa experiência guardada só pra gente, por isso vamos mostrar como o famoso chopp londrinense é produzido e todo o cuidado que o mestre cervejeiro e seus funcionários aplicam em cada fase da fabricação. Vamos lá?

Etapas de produção das cervejas da Fábrica 1

O processo de fabricação da cerveja é dividido em duas etapas: a parte quente e a parte fria. O mestre cervejeiro da Fábrica 1, Beto Nunes, nos apresentou cada fase e vamos mostrar a vocês também: 

Parte quente

“É na parte quente que a gente faz o alimento para a levedura, que é o organismo responsável pela fermentação da bebida”, explica Nunes. A parte quente, então, é divida em etapas.

Malte de cevada

A primeira etapa é quando o malte de cevada - a matéria-prima da cerveja - é moído. É o malte que dá sabor e cor para a cerveja. “Diferente de outras cervejas que utilizam xarope de milho, ou o próprio milho na receita, a nossa é 100% malte de cevada, o que quer dizer que é de melhor qualidade”, afirma Nunes. “A diferença é que são feitos mais processos de industrialização para chegar no xarope. Quando se usa o malte de cevada, o produto final é menos industrializado”, continua.

Malte moído

Depois de moído, o malte vai para um caldeirão onde é misturado com água. Nessa etapa, o malte é cozido para quebrar o amido e convertê-lo em açúcares menores. “Esse processo é feito para a levedura fermentar depois e transformar em álcool, que é o que a gente mais gosta na cerveja”, brinca Nunes.

Malte e água sendo fervidos

Depois de transformar o amido em açúcares menores, é feita a filtração do bagaço, resultado desse processo, para a separação do mosto (mistura açucarada destinada à fermentação alcoólica). O mosto vai então para a fervura e passa por reações bioquímicas, como a caramelização, por exemplo. “A gente coloca o lúpulo nessa etapa também, pois é na temperatura acima de 85 ºC que o lúpulo começa a dar o amargor na bebida”, segundo Nunes. Outra função importante da fervura, de acordo com o mestre cervejeiro, é a esterilização do mosto. “A intenção é que o mosto chegue inerte na hora de se misturar com a levedura para que ela só consuma o açúcar, sem nenhuma bactéria que possa contaminar a bebida”. 

Separação do bagaço do malte

Depois disso é que começa a parte fria: depois de fervida, a bebida vai resfriar porque a levedura não combina com temperaturas altas. A temperatura de fermentação, por exemplo, varia entre 10 e 18 ºC. 

Parte fria

É na parte fria que a cerveja realmente vira cerveja. “Nessa fase a gente inocula a levedura, que é o que transforma o mosto em cerveja. Ela consome o açúcar presente ali para gerar o álcool”, afirma Nunes. O mosto que sai da parte quente vai direto para a parte fria para se misturar com a levedura que estará pronta para fazer esse processo. Depois de ser fermentada, a cerveja vai para uma etapa ainda mais fria, que é a parte da maturação. É nessa fase que a levedura se separa do líquido para podermos beber. E o Beto fica sempre muito atento nessa hora: “O que deixa a cerveja límpida é o tempo de tanque. Eu sou bem rigoroso com esse tempo na Fábrica 1, pois é ele que arredonda o sabor, que permite mais reações físico-químicas eliminando sabores indesejados e clarificando o líquido”.

Leveduras

As cervejas da Fábrica 1

Você sabia que existem mais de cem tipos de cerveja? Quem nos contou isso foi o próprio mestre cervejeiro da Fábrica 1. “Hoje temos quatro tipos de insumo: o malte de cevada, o lúpulo, a água e a levedura. São vários tipos de malte, de lúpulo, de levedura… E é a combinação desses insumos que nos dão as cervejas diferentes”, esclarece.

Lúpulo

Na Fábrica 1, os carros-chefe são os seguintes:

Pilsen

O chopp Pilsen é o mais consumido no Brasil e também um dos mais procurados da Fábrica. Suas características são:

Teor alcoólico: 4,5%
Amargor: 09 IBU
Cor: 05 EBC

Chopp Pilsen

O Pilsen possui uma coloração amarela clara, baixa turbidez e colarinho branco. Esse tipo de cerveja é mais leve, refrescante e de baixo amargor. Segundo Nunes, o lúpulo é utilizado em duas etapas na produção da Pilsen: no começo da fervura, para trazer o amargor principal da bebida, e no fim da fervura, para deixar um pouco de aroma e um pouco de sabor. "Para a Pilsen, tem que ser tudo muito leve, por isso usamos uma quantidade baixa de lúpulo", explica.

Pale Ale

Teor alcoólico: 4,9% ABV
Amargor: 25 IBU
Cor: 16 EBC

A Pale Ale possui uma cor âmbar e é aromática por causa da presença de lúpulos norte-americanos. Ela também é equilibrada em relação ao malte e ao lúpulo, com um perfil neutro de alta fermentação. Duas de suas principais características são o corpo médio e o sabor suave. 

“No caso da Pale Ale, a diferença em relação à Pilsen é que, nela, vão mais três maltes diferentes. Assim, a lupulagem fica mais assertiva e a cerveja fica mais amarga”, instrui Beto.

Lager

Teor alcoólico: 4,5% ABV
Amargor: 15 IBU
Cor: 06 EBC

Cerveja puro malte de baixa fermentação de cor amarela e turva por levar uma carga extra de lúpulo na etapa de maturação. Isso faz com que a cerveja tenha um aroma fresco e floral, sabor cítrico, corpo equilibrado e um colarinho branco e persistente.

Session IPA

Teor alcoólico: 4,9%
Amargor: 37 IBU
Cor: 17 EBC

Chopp IPA

Cerveja de cor acobreada e com graduação alcoólica moderada. Essa cerveja recebe uma carga generosa de lúpulos norte-americanos na maturação o que faz com que ela tenha um amargor mais evidente e com uma explosão de aroma e sabor de que remete a frutas cítricas. “Na IPA, além de ir na fervura, o lúpulo está presente também no pós-fermentação”, conta.

O mestre cervejeiro da Fábrica esclarece ainda que, dessas cervejas, é possível produzir outros tipos com o Dry Hopping, que é um processo de adição de lúpulo na hora da fermentação. “A gente aproveita a mesma cerveja e faz uma diferente com esse processo”, conta. Para resumir o que faz a diferença nos sabores distintos das cervejas, Beto elucida: “O lúpulo dá o amargor, o aroma e o sabor da cerveja. Na Pilsen vai pouco e nas cervejas mais amargas, vai bastante”.

Todos esses processos e cuidados resultam no chopp que a gente tanto ama. Para Nunes, alguns dos diferenciais da cerveja da Fábrica 1 é que tem muito empenho, carinho e amor envolvidos em tudo. “O desafio foi pegar equipamentos antigos da fábrica, aberta em 2004, e fazer mais do que eles aguentam. Conseguir padronizar tudo, entregar um produto bom, que a pessoa vai gostar e fidelizar”, rememora. “A gente não tem que entrar na guerra dos preços, tem que entrar na guerra da qualidade e atualmente o chopp da Fábrica 1 é o melhor custo benefício de Londrina”. acrescenta.

Dessa maneira, por semana, a Fábrica 1 produz no mínimo dois tanques de 4 mil litros de cerveja para a nossa alegria.

Onde comprar

O chopp da Fábrica 1 é vendido em barris para eventos e estabelecimentos e os pontos de venda podem ser conferidos no site da empresa, clicando aqui.

Growler’s Day

Outra oportunidade de adquirir o chopp londrinense é através do Growler’s Day, evento realizado uma vez por mês na própria Fábrica. O evento conta com música ao vivo, petiscos, chopp artesanal de diversos estilos vendidos no growler, uma pet reutilizável que você pode abastecer e levar para casa.

Growler

Você também pode tomar o chopp no próprio evento, curtindo o som ao vivo e todas as atrações da ocasião. A próxima edição acontece no próximo sábado (9). Clique aqui para mais informações.

Fábrica 1
Endereço: R. Juiz de Fora, 22
Contato: (43) 3348-2000
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Obs: os preços e promoções são válidos para a data da publicação, podendo sofrer alterações sem aviso prévio das quais não nos responsabilizamos.

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