Eventos

André Siqueira e Kiko Jozzolino abrem série de shows da Maratona Flauta e Fole

por Londrinando 15.02.19

A IV Maratona Flauta e Fole entra, neste mês de fevereiro, em uma verdadeira imersão musical. Os alunos que participam das atividades da Maratona desde 2018 vão se apresentar ao lado de músicos renomados de Londrina para mostrar o que foi aprendido nos últimos meses.

São quatro shows programados:

-André Siqueira, Kiko Jozzolino e Família Santos (dia 16/02 no Cultural Hall)

-Camerata Café (dia 22/02 no Museu Histórico)

-Septeto Reunion (dia 29/03 no Cultural Hall)

-Forró Caviúna (dia 31/03 no Teatro Crystal)

 

Jazz & Blues

O primeiro show vai reunir o compositor e multi-instrumentista André Siqueira, o guitarrista e produtor Kiko Jozzolino e a Família Santos, formada por Luciana Schmidt (flauta doce), Miguel Santos (acordeom), Giovana Schmidt dos Santos (voz e piano), Gabriel Schmidt dos Santos (bateria e flauta doce) e Fernando Ishida (piano).

Com um repertório voltado ao jazz e ao blues, a apresentação abre espaço para receber os alunos da Maratona Flauta e Fole.

“Para a gente é muito gratificante, é um trabalho de formação importante, e formação de público também. Algumas músicas são conduzidas pelas flautas doces, outras pelo canto da Giovana. É um repertório muito bacana, dá para fazer muita coisa, as músicas soam de uma forma muito interessante, com novidades que gera interesse”, comenta André Siqueira.

Temas trabalhados tradicionalmente pelo Método Suzuki ganharam novos arranjos. Além disso, o repertório vai contar com músicas de André Siqueira, Kiko Jozzolino e Toninho Ferragutti.

O show será realizado no dia 16 e começa às 19h30, no Cultural Hall (R. Prof. João Cândido, 1114). A entrada é gratuita, mas a organização solicita livros, roupas e brinquedos para serem doados à instituição Casa Verde.

 

Barroco

No dia 22 de fevereiro, os alunos da Maratona Flauta e Fole se encontram com o grupo Camerata Café para apresentar um repertório variado, que contempla desde temas renascentistas à música contemporânea.

O show começa às 19h30 no Museu Histórico de Londrina (R. Benjamin Constant, 900), e o ingresso também é gratuito - a organização solicita copos descartáveis para serem doados ao Museu.

Com direção musical de Elimar Plínio Machado (viola de gamba), a Camerata Café conta ainda com Luciana Schmidt (flauta doce), Gislaine Mafra (cravo/órgão), Arthur Alves (violoncelo), Daniel Sebrian (guitarra barroca) e Guilherme Aroceno (percussão).

 

Jazz & tango

Comandado por Vitor Gorni, o Septeto Reunion é a atração do dia 29 de março no Cultural Hall. A formação traz o maestro Gorni (saxofone barítono), Arthur Alves (violoncelo), Miguel Santos (acordeom), Gabriel Zara (contrabaixo), Mateus Gonsales (piano), Gilson Corsaletti (bateria) e José Marcello Casagrande (vibrafone). O repertório é voltado especialmente à parceria entre Gerry Mulligan e Astor Piazzolla, mas com a participação dos alunos da Maratona Flauta e Fole em pelo menos duas músicas.

 

Jackson do Pandeiro

O centenário de nascimento do compositor, cantor e percussionista Jackson do Pandeiro, nascido em agosto de 1919, ganha homenagem pelo grupo Forró Caviúna no dia 31 de março, às 19h30, no Teatro Crystal (R. Quintino Bocaiúva, 15). Com Rafael Rosa (voz e violão), Antonio Vianna (zabumba), Miguel Santos (sanfona) e Caetano Vasconcelos (triângulo), o Caviúna vai conduzir o público - e os alunos da Maratona Flauta e Fole - em um passeio pelo suingue de Jackson do Pandeiro.

 

Maratona

A IV Maratona Flauta e Fole vem sendo realizada desde 2018, voltada ao Método Suzuki. Os alunos já passaram por diferentes experiências musicais e pedagógicas. Tocaram em hospitais e escolas, fazendo com que o aprendizado fosse além da partitura e se tornasse, também, uma experiência de contato com realidades diferentes.

Em novembro, veio a Maratona propriamente dita, quando alunos, pais e professores passaram três dias - e noites - estudando e tocando sem parar. Sediada no Seminário Maior Teológico Beato Paulo VI, em Londrina, a Maratona contou com os professores Renata Pereira (flauta doce/SP), Gabriel Levy (acordeom/SP), Helenice Scarpol Villar Rosa (flauta doce/SP) e Milena Villar Rosa (flauta doce/SP).

Foram dias de intenso contato e aprendizado musical, especialmente porque a filosofia Suzuki não diferencia o estudo de ações cotidianas como tomar banho e comer, costuradas por fortes laços afetivos entre pais, alunos e professores.

Agora chegamos à imersão, quando os alunos sobem ao palco ao lado de músicos tarimbados. Mais do que um apresentação musical, os shows tornam-se um exercício de autoconfiança e da capacidade de ouvir e respeitar o próximo.

“Queremos proporcionar a vivência de palco para os alunos, principalmente em relação à diversidade de grupos e gêneros musicais. É uma vivência que engloba não apenas os aspectos musicais, como técnica e interpretação, mas também sensações, comportamentos e atitudes”, ressalta Luciana Schmidt, criadora e organizadora da Maratona Flauta e Fole.

 

Uma história de afeto

Parece que foi ontem, quando um grupo de pais, alunos e professores arregaçou as mangas para trabalhar mutuamente pela educação com base no respeito e no afeto, reforçando valores familiares e levando a música a uma prática cotidiana, integrada às atividades do dia a dia.

Pois não é que desde o comecinho da Maratona Flauta e Fole o trio fundamental do Método Suzuki - pai, aluno e professor - já estava presente?

Não é para menos. Desde quando dava aulas de flauta doce no Colégio Mãe de Deus, nos anos 2000, Luciana Schmidt percebeu os benefícios do Método Suzuki. Afinal, o Mãe de Deus é pioneiro na introdução desta filosofia no Brasil.

Mas a imersão veio mesmo em 2010, quando Luciana conheceu a flautista Renata Pereira (teacher trainer pela Suzuki Association of the Americas) no Festival de Música de Londrina.

O contato foi tão produtivo que, com a amizade, veio muito trabalho.

Com os resultados positivos junto a alunos do ensino regular, Luciana Schmidt fez capacitações no Método Suzuki e entrou para a grade pedagógica do Festival de Música de Londrina como professora do Curso de Flauta Doce.

Paralelamente, os alunos particulares foram aumentando. Tanto os de Luciana quanto os de Miguel Santos. Ele é o primeiro professor de acordeom capacitado pelo Método Suzuki no Brasil.

Quem conhece um pouquinho do Método Suzuki sabe que uma aula não é só uma aula. É também brincadeira, descoberta, amizade, companheirismo, doação, disciplina, compromisso e compartilhamento de experiências e valores.

Pais, professores e alunos se empenharam na realização da 1ª Maratona Flauta e Fole, realizada com força de vontade e dedicação, em 2015, com aulas, masterclasses e palestras. Renata Pereira veio a Londrina novamente. Luciana apresentou-se ao lado da família. O violonista e compositor André Siqueira fez o mesmo. A semente já havia encontrado solo fértil.

“Foi um dia tão intenso que a gente terminou dizendo: ‘Foi quase uma maratona’. Assim batizamos os eventos. O mais importante das maratonas é o quanto os alunos e os pais se motivam e respeitam o trabalho musical e de educação que a gente tem feito com as crianças”, destaca Renata Pereira.

O Método Suzuki estimula o pioneirismo: foi a primeira maratona realizada no Brasil.

O resultado foi tão empolgante que, em 2016, o estúdio Flauta e Fole foi criado. Luciana desligou-se do ensino regular para se dedicar, junto com Miguel, à nova empreitada.

“Minha opção pelo Método Suzuki foi perceber que é possível trabalhar com a família, fazer música com a família e, mais do que tocar bem um instrumento, repassar os valores nos quais acredito. Suzuki sempre pensava primeiro no ser humano. Percebi que podemos melhorar cada vez mais”, ressalta Luciana Schmidt.

O intercâmbio entre alunos, famílias e professores se intensificaram. A 2ª Maratona ocorreu em 2016 estimulando o aprendizado natural, com brincadeiras, e a música feita em família. As aulas foram ministradas por dois integrantes do Quinta Essentia Quarteto de Flautas Doces: Renata Pereira e Gustavo de Francisco.

Para pagar os custos, as famílias se organizaram e promoveram saraus. A Maratona firmava-se como um evento agregador para celebrar o encontro e a música. O Método Suzuki estimula o compartilhamento de experiências de forma igualitária entre músicos de diferentes níveis. Como na vida, o coletivo é resultado do compromisso de cada um.

A terceira edição, em 2017, ganhou corpo. Além da flauta doce, a 3ª Maratona incorporou também o acordeom. E o número de professores aumentou: Renata Pereira, Gustavo de Francisco, Samuca do Acordeon, Luciana Schmidt e Miguel Santos.

Os alunos tiveram o prazer de tocar ao lado de Samuca do Acordeon em um show, além de realizar diversas apresentações pelos hospitais de Londrina.

São iniciativas que misturam experiências artísticas e filantrópicas.

 (Ranulfo Pedreiro/TP1)

Publicidade

Publicidade

Como anunciar?

Mostre sua marca ou seu negócio para Londrina e região! Saiba mais