O Dia Mundial do Gato, comemorado no dia 17 de fevereiro, foi estabelecido na Itália em 2002 para conscientizar a população em relação aos maus tratos contra esses animais. Em Londrina, iniciativas como o Projeto Sete Vidas, criado em 2012, também tem esse como alguns de seus objetivos, cujo mais importante é dar uma vida feliz e com amor aos bichanos.

O foco do projeto é castrar os animais para controlar a população de gatos de rua e encontrar um lar para aqueles que não têm. Uma das protetoras do grupo, Silvana Chinezi, esclarece que o Projeto não têm uma sede onde os animais encontrados na rua ficam. "Nosso objetivo é ajudar pessoas que acolhem e cuidam de gatos de rua, os encaminhando às nossas clínicas parceiras, realizando feira de adoções e divulgando os animais que estão em lares temporários em busca de lares permanentes".

Silvana elucida que o grupo de protetores do Sete Vidas são pessoas comuns, que muitas vezes não têm tempo, recurso ou espaço para abrigar a quantidade de gatos que necessitam de uma casa. “Criar essa rede de apoio foi uma maneira que encontramos para ajudar os animais e conscientizar a população londrinense em relação à importância da castração e a posse responsável”, afirma.

Como essa rede de apoio funciona?

Quem tem cria de gatos em casa que não pode cuidar, ou quem encontrou animais abandonados na rua, podem entrar em contato com o Projeto Sete Vida pelas redes sociais Facebook (https://www.facebook.com/pg/gruposetevidas) e Instagram (https://www.instagram.com/projetosetevidas) para que o grupo de protetores possa castrá-los e encaminhá-los para adoção, ou lar temporário.

Interessados em oferecer um lar temporário a esses animais encontrados até que eles sejam adotados também podem entrar em contato pelas duas páginas. Mas vale lembrar, de acordo com Silvana, que um lar temporário também é um comprometimento com o animal e não tem tempo definido. “Buscamos pessoas que entendam que a adoção pode demorar e que cuide do animal abrigado com responsabilidade até que ele encontre uma família”.

 

Curiosidades sobre um dos animais mais populares do mundo

Desde que a domesticação dos gatos começou, por volta do ano 5000 a.C no Egito antigo, a relação entre os homens e os felinos passou por altos e baixos, segundo explica a médica veterinária e mestranda em medicina felina, Daniele Fink: “no início da domesticação, os gatos eram venerados como divindades e tratados como membros da família. Ao longo da história, principalmente na Idade Média, os felinos foram associados a rituais de bruxaria fazendo com que as pessoas ainda tenham preconceito com esses animais até hoje”, conta.

De acordo com a veterinária, essa realidade já começou a mudar e o número de gatos como animais de companhia já ultrapassa o de cães em alguns países, como nos Estados Unidos. “Por muito tempo os cães foram preferidos, pois estão há mais tempo entre os humanos, com uma domesticação que visava a melhor compreensão dos nossos hábitos”, esclarece Daniele que também comemora iniciativas como a do Dia Mundial do Gato para aproximar as pessoas dos felinos.

Para ela, os humanos têm muito a se beneficiar com a presença dos gatos, por serem animais fascinantes. Daniele explica que os felídeos têm personalidades diferentes e cada ser tem suas particularidades. No entanto, uma característica comum que os selvagens e os domésticos compartilham é a forma como eles usam o corpo, o miado e o ronronar. "Esses animais expressam sons, tons e movimentos diferenciados para expressar sentimentos específicos como submissão, agressividade, alegria, medo, felicidade...", exemplifica.

Além disso, a médica veterinária confirma que, diferente do que muitos pensam, os gatos são animais amorosos, companheiros e leais. “Eles também são extremamente higiênicos, se adaptam bem em pequenos espaços, desde que tenham com o que ocupar o seu tempo, e, por serem mais independentes, dão maior independência aos seus tutores”, esclarece.

 

O que saber antes de ter um gato?

Daniele acredita que o principal cuidado que se deve ter com os gatos é a segurança.

“É importante que o gato não tenha acesso a rua para que não corra o risco de contrair doenças infectocontagiosas, ser atropelado, envenenado, brigar etc… “, enumera. A alimentação é outro fator importante: ela deve ser feita tanto com ração seca, quanto úmida, pois, gatos não têm o costume de beber muita água e a ração úmida é constituída 70% (ou mais) por água.

A médica veterinária ainda aponta que brinquedos, arranhadores e prateleiras são essenciais. Além deles, por serem extremamente limpos, os gastos necessitam de caixas de areia também limpas. Vacinação, vermifugação e acompanhamento veterinário também são essenciais para manter a saúde do animal sempre em dia, visto que os gatos raramente demonstram quando estão doentes e conseguem esconder muito bem de seus tutores”, conclui.

Aqueles que desejam adotar algum dos animais que estão sob o cuidado da rede de protetores do Projeto Sete Vidas podem fazê-lo pelas redes sociais, ou nas feiras de adoção realizadas pelo Projeto mensalmente no Boulevard Londrina Shopping.

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