A Prefeitura de Londrina divulgou os dados oficiais sobre a Covid-19 em Londrina e nas macrorregiões do Paraná durante a live semanal realizada no domingo (28). O prefeito abriu a transmissão destacando o momento delicado que praticamente todo o Brasil está vivendo, em especial a região sul do Brasil, incluindo o Paraná, devido à Cepa P.1 do novo Coronavírus, a variante reconhecida no Amazonas que possui maior gravidade e tem afetado a população de todo o país.

Na apresentação foi exibida uma nova tabela, do site oficial do governo do Estado, de todas as regiões do Paraná, dividida por macrorregiões. A tabela apresenta a ocupação de leitos hospitalares de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) do Sistema Único de Saúde (SUS), exclusivos para pacientes suspeitos ou confirmados com Covid-19.

De acordo com a tabela, a macro leste, região de Curitiba, apresenta uma taxa de ocupação de leitos de 97%, com 24 leitos livres; a macro oeste, região de Cascavel, possui uma ocupação de leitos de 98%, contando com apenas quatro leitos livres atualmente; a macro noroeste, região de Maringá, está  com uma ocupação de 94%, com 9 leitos disponíveis no momento; e a macro norte, região de Londrina, possui  ocupação de 93%, com 15 leitos disponíveis. O Paraná conta com 52 leitos disponíveis em todo o estado, com uma taxa de ocupação geral de 96%.

O prefeito deu destaque a outro dado muito preocupante. Atualmente, estão aguardando leitos, seja de UTI ou enfermaria, nas mais diversas regiões do Estado, 555 paranaenses, sendo 295 pacientes da macrorregião leste, 112 da macro oeste, 98 da macro noroeste, 50 na macro norte.

“Esse é um quadro muito preocupante, é importante que as pessoas saibam que são 555 paranaenses que estão aguardando por um leito de hospital para serem tratados e não têm vagas nos hospitais para recebê-los. As pessoas precisam acreditar que isso é muito grave. É necessário se proteger, manter os cuidados necessários, como o uso de máscaras de proteção, limpeza das mãos e superfícies, entre outros. É uma profunda tristeza essa situação que o Brasil está vivendo. A vacina vai chegar para todos, por isso é importante que todos se cuidem nesse momento”, afirmou.

O prefeito também lembrou que o secretário de Saúde do Paraná, Beto Preto, informou, em uma entrevista sábado (27), que o Estado conta com apenas 17 respiradores reservas. “Isso é muito grave, por isso as pessoas precisam acreditar na gravidade da doença e da situação atual. Já são mais de 250 mil famílias enlutadas, que perderam parentes para essa doença e tem gente que ainda não acredita e não se protege”, enfatizou o prefeito.

Durante a live, também foi apresentado o número de casos registrados da doença em Londrina. O município contabiliza 37.673 casos confirmados de Covid-19. Deste total, 780 são de pessoas na faixa etária de 0 a 9 anos, representando 2% do total de casos e nenhum óbito; 2.422 na faixa de 10 a 19 anos (6% do total) e nenhum óbito; 16.245 na faixa de 20 a 39 anos (43% do total de casos) e 14 óbitos (2% do total de mortes); 12.578 na faixa de 40 a 59 anos (33% do total de casos) e 95 óbitos (14% do total de mortes); e 5.648 com 60 anos ou mais (15% do total de casos) e 588 óbitos (84% das mortes).

“É por isso que o Plano Nacional de Imunização, feito pelo governo Federal, prioriza a vacinação dos idosos, pois eles são os mais vulneráveis e os que mais morrem em decorrência da doença”, frisou o prefeito.

O secretário Felippe Machado apresentou, também, a média móvel de casos em Londrina. “Há 14 dias tínhamos uma média de 216 novos casos e nos últimos sete dias essa média saltou para 281. Ainda não dá pra saber se é uma tendência, ou seja, se isso vai se consolidar”, explicou.

Com relação à ocupação de leitos de Londrina, de UTI Covid SUS, o município contabilizava 108 habilitados, dos quais 105 estão ocupados, representando uma taxa de 93% de ocupação. Os leitos são do Hospital Universitário e do Hospital do Coração.

Londrina acumula 37.673 casos confirmados de Covid-19 desde o início da pandemia, com um total de 36.229 casos curados e 697 óbitos. Além disso, 52% das enfermarias gerais estão ocupadas; 84% das UTI gerais adulto; 68% das UTIs gerais pediátricas; as enfermarias exclusivas para COVID-19 estão 100% ocupadas; as UTIs Covid SUS Adulto estão com 97% de ocupação e as UTIs Covid SUS pediátrico com 7% de ocupação.

Segundo o secretário, este é o momento de maior tensão e estresse na estrutura hospitalar do Brasil. “Várias cidades e estados estão com ocupação de mais de 100% de leitos. Um estudo recente da Fiocruz aponta que os infectados com a nova variante brasileira podem ter até 10 vezes mais o vírus no corpo, isso pode explicar porque pessoas tão jovens estão sendo internadas, tendo complicações de maneira muito rápida, e porque as internações têm sido mais longas. Por isso a importância de manter, cada vez mais, os cuidados nesse momento e levar a sério tudo o que está acontecendo”, apontou.

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